A intercessão de Jesus pelos discípulos | Lição 11 - 2° Trim 2025
TEXTO ÁUREO
“E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Jo 17.3)
VERDADE PRÁTICA
A oração que Jesus fez ao Pai em favor de si próprio, dos seus discípulos e da sua Igreja ressoa ainda nos dias atuais.
João 17 é uma oração profunda, intercessora e profética. Jesus ora por si, por seus discípulos e por todos os que um dia creriam nele — e essa oração é uma bênção que ainda cobre a Igreja hoje
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 17.1-3,11-17.
1. Jesus falou essas coisas e, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti,
Jesus acabou de dar suas últimas instruções e palavras de conforto aos discípulos (João 13–16). Agora ele se retira para orar ao Pai, sabendo que sua hora chegou — ou seja, o momento da crucificação, da redenção da humanidade. “Levantando os olhos ao céu...” Isso revela a postura de reverência, de ligação com o Pai. Ele eleva o olhar como um sinal de confiança, de submissão e de consciência de que toda a sua missão provém de Deus.
2. assim como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.
Isso quer dizer que o Pai deu ao Filho autoridade sobre toda a humanidade.
3. E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
A vida eterna consiste em conhecer o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, seu Filho enviado.
Isso quer dizer que a vida eterna não é apenas uma existência para sempre, mas um relacionamento profundo e permanente com Deus, pelo caminho que ele estabeleceu: seu próprio Filho, Jesus.
11. E eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.
Jesus, ao levantar os olhos ao céu, revela dependência e reverência ao Pai. Ele diz que chegou a hora, ou seja, o momento da crucificação, pelo qual ele glorificará o nome de Deus. Ele ora para que o Pai o glorifique, para que ele também possa glorificar o Pai.
12. Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
Jesus diz que enquanto ele estava no mundo, ele protegeu e guardou seus discípulos, mantendo-os fiéis ao nome de Deus. Apenas Judas (o “filho da perdição”) se perdeu, para que a Escritura se cumprisse, mostrando que tudo aconteceu exatamente como fora predito nas Escrituras.
13. Mas, agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.
Jesus diz que, embora vá para o Pai, fala isso agora para que os seus discípulos, mesmo estando no mundo, possam ter a alegria completa dentro de si mesmos.
Ou seja, ele deseja que, apesar das dificuldades e da ausência física dele, eles vivam cheios da sua alegria verdadeira e plena.
14. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.
Jesus expressa que entregou aos seus discípulos a mensagem divina — a Palavra de Deus. Ao aceitarem essa mensagem, os discípulos passaram a ser rejeitados pelo mundo, pois seus ensinamentos contrastam com os valores e sistemas mundanos. Jesus destaca que, assim como Ele não pertence ao mundo, seus seguidores também não pertencem a ele
15. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
Jesus ora ao Pai pedindo proteção para os seus discípulos enquanto permanecem no mundo.
16. Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
Jesus afirma que seus seguidores não pertencem ao mundo no sentido espiritual e moral, assim como Ele próprio não pertence.
17. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
Jesus ora para que o Pai santifique seus discípulos — isto é, os separe para Deus, tornando-os santos.
INTRODUÇÃO
Na presente lição, iremos explorar João 17. Este capítulo descreve a oração mais significativa que o nosso Senhor fez em benefício de si mesmo, ou seja, a sua glorificação, bem como a dos seus discípulos e dos cristãos que viriam a crer num futuro próximo. A oração sacerdotal de Jesus é uma importante lição sobre a unidade do povo de Deus no seu Reino e o propósito de promover o Evangelho de Jesus no mundo.
I. A ORAÇÃO DE JESUS E SUA GLORIFICAÇÃO
1. A oração de Jesus. Entre todas as orações do Senhor documentadas nos Evangelhos, é indiscutível que foi João quem relatou, possivelmente, a mais elevada oração de Jesus (17.1-26). No início de João 17.1 está escrito: “Jesus falou essas coisas”. Essa frase remete ao discurso do Senhor sobre a vinda do Espírito como Consolador, conforme estudado anteriormente (Jo 16.13). Certamente o local onde o Senhor se encontrava era o mesmo em que partilhou a Última Ceia com seus discípulos. Em relação à oração de Jesus no capítulo 17, os estudiosos costumam se referir a ela como “A Oração Intercessória”, “A Oração Sacerdotal de Jesus” ou “A Oração da Consagração”. Nosso Senhor apresentou essa oração em, pelo menos, três partes: Ele orou por si mesmo (Jo 17.1-8), intercedeu pelos seus discípulos (Jo 17.9-19) e, também, fez uma oração pela Igreja futura (Jo 17.20-26).
A mais elevada das orações de Jesus: Isso quer dizer que, de todas as orações que ele fez — pelo povo, pelos enfermos, pelos excluídos — esta é a mais profunda, porque ele revela o coração de sumo sacerdote, intercedendo pelos seus, tanto presentes quanto futuros.
Jesus faz essa oração depois da Última Ceia, instantes antes de ser preso. Ele sabia que seu sacrifício na cruz estava chegando, e quer preparar tanto ele quanto seus discípulos para o que vinha a seguir.
2. A oração de Jesus pela sua glorificação. Na oração de Jesus pedindo por sua “glorificação” havia um significado espiritual mais profundo, que não se tratava de um ato egoísta. Como já abordamos, Ele estava plenamente ciente de seu ministério e, portanto, da finalidade de sua missão na Terra. Assim, em sua conversa direta com o Pai, Jesus declara que “é chegada a hora”, referindo-se ao momento em que o Pai o glorificaria por meio de seu sacrifício redentor no Calvário. Nosso Senhor expressa: “glorifica a teu Filho para que também o teu Filho te glorifique a ti” (Jo 17.1). Que tipo de glorificação seria essa? Mediante a sua morte, o mundo o conheceria e a vida eterna seria oferecida a todos que o aceitassem como Salvador de suas vidas. Glorificar alguém significa torná-lo conhecido. Jesus seria reconhecido como “o Filho de Deus, o Salvador do mundo” (Jo 17.3,4).
Neste trecho, Jesus ora ao Pai pedindo para ser glorificado, não de forma egoísta, mas para que, pelo sacrifício na cruz, ele revela ao mundo quem ele é — o Filho de Deus, o Salvador — e, ao fazer a vontade do Pai, ele glorifica também o próprio Deus.
A glorificação de Jesus significa o cumprimento da missão que ele veio realizar: dar a vida pelos pecadores para que todos que o aceitarem tenham a vida eterna.
3. A mesma glória com o Pai. No versículo 5 está escrito: “E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse”. Essa referência à glória se relaciona à divindade do nosso Senhor como o Verbo Divino, antes da sua encarnação. Na realidade, o que Jesus solicita é a glorificação mútua entre o Filho e o Pai (v.5). Somente nosso Senhor, o Filho de Deus, poderia fazer tal pedido por essa glorificação, uma honra que Ele possuía “antes que o mundo existisse”. Essa declaração evidencia a divindade de Jesus, ao revelá-lo como um com o Pai (Jo 17.11,21,24). Assim, com base nessa igualdade com o Pai, o pecador que confessa e se arrepende de seus pecados recebe a vida eterna e conhece, pela fé, “o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3).
Em João 17:5, Jesus quer receber de novo a glória que ele compartilhava com o Pai antes da criação do mundo. Ele quer dizer que ele já existia junto ao Pai, sendo eterno e divino.
Isso revela que Jesus não é um mero profeta, ele é Deus, um com o Pai. Por ele possuir essa glória, ele também é o único caminho pelo qual podemos receber a vida eterna — ao crer que ele é o Filho de Deus, enviado pelo Pai para nos salvar.
II. A ORAÇÃO DE JESUS PELOS DISCÍPULOS
1. Intercessão pela proteção dos discípulos. Nos versículos 4 a 8, exceto o versículo 5, Jesus ora como se estivesse apresentando um relato ao Pai sobre tudo o que realizou durante seu ministério na Terra. No versículo 6, Ele intercede por seus discípulos e pela unidade entre eles, uma vez que seriam os responsáveis por continuar a obra que Jesus havia iniciado. Para o Pai, o nosso Senhor se refere aos discípulos como “homens que do mundo me deste” (v.6). O Redentor revela que seus discípulos pertenciam ao Pai e que Este os entregou a Ele: “Eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra” (Jo 17.6b). Ao longo de quase quatro anos, Jesus investiu nesses homens, que se mostraram fiéis, prontos para prosseguir com a missão de evangelização.
De João 17:4-8, podemos dizer que Jesus faz um relato ao Pai sobre o seu ministério na Terra. Ele fala do trabalho que realizou, de como deu a Palavra de Deus ao povo e de como seus discípulos permaneceram fiéis.
Eles pertenciam ao Pai, e o Pai os deu ao Filho, que os preparou para dar continuidade à missão depois de sua partida. Por quase quatro anos, ele investiu na vida desses homens, compartilhando tudo o que recebera do Pai. Agora, ele ora para que o Pai os fortaleça e mantenha a unidade entre eles, para que o evangelho continue a se propagar pelo mundo.
2. Os discípulos receberam a Palavra. Apesar de, em certas ocasiões, os discípulos terem encontrado dificuldades para compreender completamente os ensinamentos de Jesus, as suas recordações foram reavivadas pelo Espírito Santo quando receberam o poder no dia de Pentecostes, permitindo-lhes assim entender e difundir o que aprenderam com o Mestre (At 2.14-36). No versículo 6, Jesus referiu-se ao Pai afirmando que os seus discípulos mantiveram a mensagem recebida: “E guardaram a tua Palavra”. Ao vivermos conforme a Palavra de Deus, aceitando e obedecendo aos ensinamentos de Cristo, podemos testemunhar o Evangelho com credibilidade.
Ainda que os discípulos nem sempre entendessem tudo o que Jesus ensinava, depois que receberam o Espírito Santo no Pentecostes, ele os fez recordar de tudo e deu a eles a coragem para anunciar o Evangelho.
Em João 17:6, Jesus diz ao Pai que seus discípulos permaneceram fiéis à Palavra de Deus. Isso significa que ele os escolheu, instruiu e fortaleceu para continuarem a missão depois de sua partida.
Da mesma forma, nós também devemos guardar a Palavra de Deus, vivendo de acordo com seus ensinamentos. Assim, nosso testemunho sobre o Evangelho será digno de crédito.
3. Protegidos do mundo. O versículo 14 afirma: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo”. É importante prestar atenção ao termo “mundo”. Este pode referir-se ao “universo criado” (Jo 17.5) ou à humanidade (Jo 3.16). No entanto, aqui Jesus se refere ao sistema espiritual governado por Satanás (Jo 17.14). O apóstolo Paulo descreve esse “mundo” como um governo espiritual maligno (Ef 2.2). Por conseguinte, o nosso Senhor deseja que o Pai guarde os seus discípulos desse sistema mundano, que é incompatível com o Evangelho, sob a influência do “príncipe deste mundo” (Jo 12.31; 14.30; 16.11).
Em João 17:14, Jesus diz que deu a Palavra de Deus a seus discípulos, e, por isso, o mundo os odeia.
Neste contexto, o “mundo” não significa o planeta Terra ou a humanidade como um todo, mas o sistema espiritual governado pelo Diabo, que se opõe ao Evangelho.
Jesus quer que o Pai proteja seus discípulos desse mundo, que é influenciado pelo “príncipe deste mundo”, como ele diz em outras passagens (Jo 12.31; 14.30; 16.11).
III. A ORAÇÃO DE JESUS PELOS QUE VIRIAM A CRER
1. Oração pela unidade da Igreja. Nesta terceira parte de sua súplica, Jesus pediu pela unidade da Igreja. Mais do que uma unidade de natureza eclesiástica ou orgânica, Jesus intercedeu pela harmonia espiritual do seu povo. Nosso Senhor ansiava por uma união genuína, tal como a que existe entre Ele e o Pai. Essa foi a súplica do nosso Senhor: “para que todos sejam um, assim como tu, ó Pai, estás em mim, e eu em ti” (Jo 17.21).
Entendendo a Unidade Pedida por Jesus
Este texto fala sobre um pedido muito importante que Jesus fez em oração antes de ser crucificado. Ele não estava pedindo apenas que a Igreja fosse uma organização com a mesma estrutura ou regras (isso seria uma "unidade de natureza eclesiástica ou orgânica").
O que Jesus realmente queria era algo muito mais profundo: harmonia espiritual e uma união genuína entre os seus seguidores. Ele desejava que as pessoas que o seguissem fossem unidas no espírito, no propósito e no amor, da mesma forma que Ele e Deus Pai são um.
2. Propósito da unidade. O propósito da unidade espiritual da Igreja, conforme a intercessão do nosso Senhor, é que “o mundo creia que tu me enviaste” (v.21). Assim, a Igreja revela essa unidade espiritual com Cristo por pelo menos quatro motivos: (1) união essencial dos salvos como membros do Corpo de Cristo (1Co 12.12); (2) união essencial dos salvos promovida pelo conhecimento crescente sobre Jesus Cristo (2Pe 3.18); (3) união essencial dos salvos no desenvolvimento do Fruto do Espírito (Gl 5.22,23); (4) união essencial dos salvos manifestada na glória como filhos de Deus e detentores da vida eterna (Jo 17.22).
O Propósito e a Manifestação da Unidade da Igreja
Este texto continua a ideia da unidade da Igreja que Jesus pediu em sua oração. Ele explica qual é o propósito final dessa unidade e como ela se manifesta na prática.
1. O Grande Propósito da Unidade:
A primeira e mais importante ideia é que a unidade espiritual da Igreja tem um objetivo claro: que o mundo creia em Jesus. O texto diz: "O propósito da unidade espiritual da Igreja, conforme a intercessão do nosso Senhor, é que “o mundo creia que tu me enviaste” (v.21)".
Isso significa que, quando os seguidores de Jesus estão unidos em espírito e em harmonia, essa união se torna um testemunho poderoso para as pessoas que não creem. A unidade da Igreja, na prática, reflete a verdade de que Jesus foi enviado por Deus Pai. É como se a Igreja unida dissesse ao mundo: "Olhem como somos unidos no amor e no propósito, isso só é possível por causa de Jesus, que veio de Deus!".
2. Como a Igreja Revela Essa Unidade Espiritual (Os Quatro Motivos):
O texto então detalha quatro maneiras principais pelas quais essa unidade espiritual se manifesta entre os salvos (as pessoas que creem em Jesus):
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(1) União Essencial como Membros do Corpo de Cristo (1Co 12.12):
- Aqui, a ideia é que, assim como um corpo tem muitas partes (mãos, pés, olhos), mas todas trabalham juntas para formar um só corpo, os cristãos, embora diferentes, são todos parte de um só "Corpo de Cristo". Isso significa que somos todos interdependentes e conectados uns aos outros através de Jesus. Não importa a função ou o dom de cada um, todos são essenciais e trabalham para o mesmo objetivo.
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(2) União Essencial Promovida pelo Conhecimento Crescente sobre Jesus Cristo (2Pe 3.18):
- Quanto mais os cristãos crescem em seu conhecimento e entendimento de Jesus Cristo (através do estudo da Bíblia, da oração, da experiência), mais eles se aproximam Dele e, consequentemente, uns dos outros. O crescimento na fé e na compreensão de quem Jesus é e o que Ele fez nos une em um propósito e uma visão comuns.
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(3) União Essencial no Desenvolvimento do Fruto do Espírito (Gl 5.22,23):
- O "Fruto do Espírito" são as características que o Espírito Santo produz na vida de um cristão (amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio). Quando os cristãos vivem e expressam essas qualidades, eles demonstram o caráter de Cristo. Isso cria um ambiente de harmonia, amor e paz que naturalmente une as pessoas, mostrando a presença de Deus em suas vidas.
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(4) União Essencial Manifestada na Glória como Filhos de Deus e Detentores da Vida Eterna (Jo 17.22):
- Esta é a manifestação mais profunda e final da unidade. Jesus orou para que Seus seguidores tivessem a mesma glória que Ele recebeu do Pai. Essa glória não é apenas algo futuro no céu, mas também a dignidade e o valor de ser chamado "filho de Deus" e de ter a "vida eterna" já aqui na Terra. Essa herança e identidade compartilhadas como filhos de Deus, que possuem a vida de Cristo, são o elo mais forte que os une em essência.
3. Oração por encorajamento à unidade. Em João 17.21,22, o nosso Senhor roga para que os discípulos sejam incentivados a manter a unidade com Ele. A crença em Cristo como o único e suficiente Salvador é a principal razão da unidade cristã, de modo que os discípulos sejam encorajados a promover esse testemunho no mundo. Assim, sem essa unidade de fé, o testemunho perde completamente a sua credibilidade.
1. O Rogo de Jesus pela Unidade (João 17.21,22):
O texto começa afirmando que, nas passagens de João 17.21 e 22, Jesus pede (ou "roga") que Seus seguidores sejam incentivados a manter a unidade com Ele. Isso significa que a unidade dos discípulos não é algo que eles fazem por si mesmos, mas sim algo que é cultivado através da conexão e do relacionamento com Jesus. A unidade deles reflete a unidade que Jesus tem com o Pai.
2. A Principal Razão da Unidade Cristã:
Aqui está o ponto chave: a principal causa e base da unidade entre os cristãos é a crença em Cristo como o único e suficiente Salvador.
- Único: Não há outro caminho para a salvação.
- Suficiente: Ele é tudo o que precisamos para ser salvos.
Essa fé comum em Jesus é o que realmente une os cristãos, independentemente de suas diferenças culturais, sociais ou até mesmo de denominações. É o ponto central que os conecta e os torna "um".
3. O Propósito da Unidade: Promover o Testemunho no Mundo:
Quando os discípulos mantêm essa unidade baseada na fé em Jesus, eles são encorajados a promover esse testemunho no mundo. Como vimos nos trechos anteriores, a unidade dos crentes serve como uma prova visível para o mundo de que Jesus foi enviado por Deus. É a forma como o mundo pode "crer" (João 17.21). Um grupo de pessoas diversas, mas unidas por uma fé comum, é um testemunho poderoso.
4. A Consequência da Falta de Unidade:
A parte final e crucial do texto é a advertência: "sem essa unidade de fé, o testemunho perde completamente a sua credibilidade".
Isso significa que, se os cristãos não estiverem unidos em sua fé e propósito, o mundo terá dificuldade em acreditar na mensagem que eles tentam transmitir sobre Jesus. Divisões, brigas e desarmonia entre aqueles que dizem seguir a Cristo podem fazer com que a mensagem perca sua força e sua verdade aos olhos de quem observa de fora. A unidade, portanto, não é apenas um ideal bonito, mas uma condição essencial para que o testemunho cristão seja eficaz e convincente.
Em resumo, este trecho reforça que a fé em Jesus é a rocha da unidade cristã. Essa unidade não é só para o benefício dos crentes, mas é vital para que o mundo possa ver e crer em Jesus. Sem ela, a mensagem cristã perde sua força e não consegue impactar as pessoas como deveria.
CONCLUSÃO
É extraordinário perceber que a oração sacerdotal de Jesus Cristo continua a ressoar nos dias atuais. Fazemos parte do Corpo de Cristo e esse privilégio deve manter-nos cientes da nossa função no Reino de Deus. Por isso, temos a responsabilidade de nos apresentar entusiasmados para testemunhar com coragem o Evangelho, revelando a obra que o Senhor Jesus realizou no Calvário.
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